domingo, 21 de novembro de 2010

Momento da Edificação - ministrando a palavra de acordo com as necessidades do grupo

O ideal é que o estudo do grupo de edificação seja baseado no sermão que foi pregado no sábado pela manhã; isso ajuda os membros a compreender melhor o texto e a discutirem sobre como colocá-lo em prática em suas vidas. Mas isto, nem sempre será uma realidade.
Existem ainda outros materiais à nossa disposição: como lições para “pequenos grupos”, lições de estudo bíblico, etc. Mas, se o propósito é ter uma reunião que edifique vidas, talvez a realidade da sua igreja, ou até mesmo do seu grupo em especial, seja diferente do material que você tenha em mãos.
Tenho certeza que em algum momento, o seu coração sentira o desejo de ministrar algo mais direcionado para suprir estas necessidades e expectativas do seu grupo em particular. Por isso sugerimos que você comece aprender a fazer as suas próprias lições. Isso também lhe ajudará a compreender melhor os objetivos deste módulo da sua reunião.

O Estudo Bíblico ideal para “Grupos de Edificação”
Tipos diferentes de estudos bíblicos podem ser usados em grupos, mas o mais recomendado para grupo de edificação é o método indutivo. Este tipo de estudo leva os indivíduos a uma experiência relacional mais profunda com Deus e uns com os outros.  O objetivo do estudo indutivo é descobrir (ou rever, se baseado no sermão) o que a Bíblia ensina e como aplicá-lo à vida.

II – Módulos do Estudo de Edificação

Modulo 01 – Abrindo o Coração (1)
·         Mini quebra-gelo, pois essas perguntas incentivam as pessoas a falarem. Há um desejo natural de conhecer e ser conhecido embora haja também um temor natural inerente a essas ações. Abrir o coração consiste em responder perguntas sobre experiências pessoais.
·         São perguntas simples, abertas que permitem às pessoas falarem de si mesmas.  Não há resposta certa ou errada.  Incentivar os membros a falarem de experiências passadas, acontecimentos presentes, esperanças futuras, sentimentos, temores, ansiedades, gostos, desgostos, tristezas e alegrias.
·         O objetivo é abrir o coração.  O risco é a rejeição, mas o maior risco é perder aquele amor e aquela aceitação que todos queremos.
·         É melhor formular essas perguntas de modo que cubram o mesmo tema que o discutido na lição das Escrituras.

Perguntas que levem uma pessoa a abrir o coração vêm de cinco áreas:

a)      Passado – a história pessoal, coisas que são fáceis de contar.
·         Qual foi um momento alto de sua vida? (Mt 17.1-13) 
·         Qual foi seu primeiro emprego e salário?  (Mt 20.1-16) 
·         O que você colecionava quando criança?  (Lc 12.13-21)

b)      Presente – uma pergunta do tipo Onde você está agora?
·         Qual é sua desculpa favorita para se safar de algo? (Lc 14.15-24) 
·         Diga uma coisa que você NUNCA faria por outra pessoa. (Jo 13.1-17)

c)      Futuro – esperanças e sonhos, expectativas, possibilidades e mudanças desejadas.
·         O que você faria para celebrar se você ganhasse muito dinheiro?  (Mt 18.21-35) 
·         Se você estivesse em crise, a que três amigos você procuraria?  (Marcos 14.32-42)

d)      Afirmação – dizer coisas positivas sobre as outras pessoas do grupo.
·         Qual é a virtude que você mais admira na pessoa da esquerda?

e)      Prestação de contas – dividir as responsabilidades da implementação da vida cristã.
·         Como você pôs em prática os votos que você fez a Deus na semana passada?

Módulo 02 – Perguntas de Descoberta (2)

1.    Objetivo: É examinar o texto escolhido e ver o que ele tem a dizer. Perguntas do tipo quem, o quê, quando.
·         O que a passagem lhe diz?
·         A quem se destinava o texto?
·         Onde foi apresentado?
·         Quando aconteceu?

2.    Dicas:
·         É importante saber o que o texto diz antes de tentar entender seu significado. Contudo, não exagere esse tipo de perguntas, especialmente ao perguntar o óbvio. Como Clarence Schilt diz no livro Dynamic Small Groups: “Deveriam ser perguntas fáceis, mas não tão fáceis que insultem a inteligência.” (p.75).
·         Esse tipo de pergunta (de descoberta) ajuda a perceber coisas como repetições, contrastes e comparações e fornecem informações sobre pessoas, lugares e situações. São perguntas de informação. As respostas devem estar no texto. Mas devem ser genéricas o bastante para que ninguém erre.
·         Não use “e” ou “mas” porque você acaba fazendo duas perguntas em vez de uma.

3.    Perguntas sugestivas:
·         Que justificativas a passagem apresenta?
·         O que você deduz acerca da personagem?
·         Que milagres Jesus operou aqui?
·         De onde vêm os dons?
·         Como devemos reagir a esse texto?
Note: As respostas devem estar no texto.
           
Módulo 03 – Perguntas de Interpretação (2)

  1. Outros termos:
·         Perguntas de compreensão, exploração, aprofundamento.
·         O terceiro conjunto de perguntas é uma interpretação do que a passagem significa.

  1. Objetivo:
·         Ajudam a sair das observações gerais para as questões subjacentes e específicas. São perguntas para descobrir princípios.
·         As perguntas de interpretação não apenas dirigem a discussão, mas estimulam respostas pessoais

  1. Dicas:
·         Essas perguntas podem começar com “como,” “explique,” “por que,” etc. Para permitir que as Escrituras falem a nós, dando-nos propósito, definições e posições.

  1. Exemplos sugestivos:
·         O que esta passagem nos fala sobre a natureza de Deus?
·         Por que devemos orar?
·         Como resolver nossas desavenças?
·         Explique as semelhanças e as diferenças entre as duas histórias desta passagem.
·         Por que Pedro ficou surpreso?
            Note: As respostas não precisam estar na passagem.

Módulo 04 – Perguntas de Aplicação (1)

  1. Outros termos:
·         Perguntas de conclusão, reflexão
·         Compreensão, exploração, aprofundamento.

  1. Objetivos:
·         Deus quer operar mudanças em nossa vida e coração, e não meramente nos passar informação.

  1. Dicas:
·         São perguntas mais difíceis de fazer, mas liga o estudo c/a vida prática. Um bom jeito de fazer isso é comparar nossa situação c/a dos personagens ou ouvintes da narrativa.
·         A aplicação pode ser dirigida ao grupo todo ou a cada indivíduo.
·         As perguntas de aplicação não precisam necessariamente esperar até o fim do estudo, mas quando quer que sejam úteis.

  1. Exemplos sugestivos:
·         Como isso é relevante para mim hoje?
·         Qual o significado disso para mim aqui e agora?
·         Que devo fazer com este novo conhecimento?
·         Que aspecto de minha vai mudar por causa deste estudo?

Módulo 05 – Perguntas de Ação (1)

  1. Objetivos:
·         Parecem perguntas de aplicação, mas reqerem prestação de contas a Deus com base nos ensinamentos bíblicos.

  1. Dicas:
·         É preciso cuidado p/não ofender ou melindrar os membros do grupo colocando-os debaixo do holofote. 
·         Não se deve dirigir a pergunta a um indivíduo, mas ao grupo como todo, deixando que um voluntário responda.

  1. Exemplos sugestivos:
·         O que vou fazer com o que acabei de aprender?
·         Que mudanças vão ocorrer em minha vida por causa deste estudo?
·         Como você pretende praticar a gratidão em sua família?
·         Que mudanças você quer realizar em sua vida, começando amanhã?
·         Quem você quer convidar para nossa próxima reunião?
·         O que o nosso grupo pode fazer esta semana p/demonstrar o amor de Deus?

Resumo:
O tempo de atenção à Palavra deve incluir uma ou duas perguntas que levem as pessoas a abrirem o coração, seguidas de três ou quatro perguntas sobre o estudo (perguntas de interpretação ou descoberta), seguidas por uma ou das perguntas de aplicação ou ação em voz alta ou escrita para reflexão. Cinco ou seis perguntas por lição. Perguntas claras, relevantes e provocativas.

III – O que “fazer” e o que “não fazer”

A)    Não usar perguntas de resposta SIM ou NÃO. Essas perguntas interrompem a discussão.
B)     Perguntas curtas funcionam melhor Evite abordagens intelectuais.
C)     Fazer perguntas lógicas e seqüenciais dentro do assunto.
D)    Evitar negativas duplas. Não faz sentido não fazer perguntas que ninguém não entenda?
E)     Não ter medo do silêncio
F)      Perguntas dirigidas ao líder devem ser re-dirigidas para o grupo.
G)    Evitar perguntas compostas. Três perguntas são melhores do que uma pergunta de três partes.
H)    Não usar perguntas com OU, pois limitam a discussão.
I)       Terminar a discussão com aplicação e ação. Conhecimento intelectual não é o bastante.

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